terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

VOO POR CONTA PRÓPRIA – AEROPORTOS NÃO CONTROLADO


Em todos os países do mundo, apesar do grande controle aéreo, existem as áreas controladas e não controladas.

Traduzindo: para se voar em uma área controlada o piloto tem que ter autorização e deve manter contato por rádio com os controladores de voo (torre de controle- TWR).

Já em áreas não controladas não existe a necessidade dessa autorização prévia e, pois não existe o controlador, portanto nem a torre de controle, caso a aeronave não tenha rádio.

Geralmente são áreas de tráfego bem pequeno, já que as aeronaves se comunicam entre si para evitar acidentes, caso não tenho rádio, (difícil nos dias de hoje) voar sempre de olho, pois o voo vai ser sempre visual (VFR).

Normalmente nessas áreas voam os ultraleves e o que o piloto que voa nessas áreas tem que prestar atenção,  são a existência de espaços aéreos condicionados, estes são divididos em 3 grupo: Proibida, perigosa e restrita.

Deve-se prestar atenção aos Notams para onde se quer voar, pois em muitos desses locais pequenos, existe lançamento de paraquedistas, voos de planadores, treinamento de acrobacias e também outras aeronaves de pequeno ou médio porte.

Prestar atenção nas divisões do espaço aéreo que é dividido entre Superior e Inferior, sendo que,  este último existem as chamadas FIR.

Geralmente aeronaves menores, como ultraleves, utilizam o espaço aéreo designado como G, onde se aplicam somente as regras de voo visual (VFR).

Na publicação AIP BRASIL – Publicação de Informações Aeronáuticas que deve ser sempre consultada, bem como os Notams da área para onde se pretende voar.

Ter em mente que não é porque você vai voar em uma área não controlada você pode abrir mão de todas as informações, pois neste caso você deve redobrar a atenção em áreas não controladas, seja ela, próximo a cidades ou fazendas.

Não ache que isto é apenas no Brasil, aeródromos não controlados, nos Estados Unidos também eles existem, mas tem um outro tipo de suporte ao piloto.

Para que você não tenha nenhuma surpresa desagradável, procure o máximo de informações, hoje com a tecnologia ficou muito fácil e vem cada dia melhorando.

Redobre sua atenção...

Bons Voos...




quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

WINGWALKING – CAMINHANDO SOBRE AS ASAS - MARTA BOGNAR


Marta Bognar - A Wingwalking Brasileira!
Conheci a Marta Bognar numa dessas festas ( Portões Abertos da Academia da Força Aérea – AFA), pessoa incrivelmente simples, simpática e bastante agradável.

Marta já era da aviação, foi Comissária de Bordo da VASP por isso sua paixão pela Aviação.

Nascida em 1.961 “virou”
Wingwalking, ou para quem não se lembra, aquela mulher que fica dependurada em cima da asa de um Biplano, “amarrada” por tirantes (safety lines) e sem paraquedas,  pilotado por Pedrinho Mello (2000 até 2011), desde então os pilotos Ricardo Beltran Crespo, que voou na Esquadrilha da Fumaça e Rogério Neves que também foi instrutor na Academia da Força Aérea (AFA) por muito tempo, revezam no comando do Stearman.

Marta faz parte da única equipe desse tipo na América do Sul, mas iniciou seus primeiros contatos para ser uma WingWalking nos Estados Unidos, com sua instrutora Margareth Stivers.

Nos Estados Unidos iniciou seus treinamentos nos dias de folga quando em janeiro de 2.000 começou a viabilizar o show no Brasil. 

Marta recebeu a Medalha Santos Dumond em 2004 e o Prêmio Excelência Mulher em São Paulo em 2.009.

WingWalker é considerado um atividade aerodesportiva e surgiu nas primeiras décadas do século passado e resgata a história da aviação.

Atualmente são 11 equipes no mundo todo, sendo a Brasileira a única na América Latina, sendo que grande parte tem patrocinadores de diferentes segmentos (chocolate, relógio, etc).

Atualmente Marta desenvolve trabalhos no seu Ateliê, pois foi formada pela EPDA em 1.990, esses trabalhos constituem de folheação a ouro, esculturas e telas, sempre trabalhos artesanais.

Entre seus trabalhos mais recentes esta a revitalização da Mesquita do Brasil, na avenida do Estado em São Paulo.

Na aviação Brasileira sempre existiu o grande problema de patrocínios, pois nossos impostos muito altos fazem com que grandes empresas não invistam nessa área, onde tem uma grande visibilidade por parte do público.

Atualmente, perdemos grandes shows aéreos que ficam restritos aos Portões Abertos da Força Aérea Brasileira (FAB), sendo estes realizados em Unidades Aéreas ou Bases Aéreas.

O show com o pessoal da aviação Civil diminui muitos em todos esses anos... pena!

Quem sabe um dia os brasileiros voltam a ter shows aéreos como no passado não tão distante?

Vamos ao show!

Bons Voos...




terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

AVIAÇÃO CIVIL – IDADE É UM PROBLEMA NA AVIAÇÃO?



Muita gente tem dúvidas quanto  questão de idade na aviação, estou velho?

Esta pergunta não existe apenas na aviação, mas sim em todas as profissões, pois existe o velho de idade, o velho de cabeça (mental) ou o velho...velho mesmo!!

É muito difícil para nós definirmos o velho e o novo, mas com certeza sempre achei melhor estar com alguém mais velho (experiente) ao lado do que um mais novo.

Bom , para se ter uma ideia da questão da idade, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) trata nas da seguinte forma a questão de idade ou dá uma ligeira ajuda!

A idade mínima para se obter o Certificado de Capacidade Física (CCF) para PC, PCH, PP-IFR,PP, PPH PPlan, PBL é de 18 anos.

Para Pilotos PLA e PLAH é de 21 anos.

Para Pilotos de Recreio ou Piloto Desportista é de 18 anos e para MV, CMO, OEE é de 18 anos.

As idades acima são para o CCF , no caso idades mínimas, mas no caso da Validades desse mesmo Certificado você já pode ter uma ideia se você é novo ou já ta meio velho... ou velho mesmo... Vamos combinar “mais experientes”.

Então vamos dar uma olhada nessas validades:
As validades dos Certificados de Capacidade Física devem obedecer aos seguintes prazos:

12 meses para Piloto de Linha Aérea, Piloto Comercial e Piloto privado com habilitação técnica IFR que não tenha completado 40 anos de idade;
 
06 meses para Piloto de Linha Aérea, Piloto Comercial e Piloto Privado com habilitação técnica IFR a partir de 40 anos de idade;
24 meses para Piloto Privado que não tenha completado 40 anos de idade;
12 meses para Piloto Privado entre 40 anos e 60 anos de idade;
06 meses para Piloto Privado a partir de 60 anos de idade;
12 meses para Mecânico de Voo, Comissário de Bordo, e Operador de Equipamentos Especiais;
Piloto de recreio e Piloto Desportista:
até 39 anos de idade – 3 anos;
 de 40 a 59 anos – 2 anos;
de 60 a 69 anos – 1 ano;
 a partir de 70 anos – 6 meses.
 À critério da Junta de Saúde,
Traduzindo, você pode voar acima dos 70 anos de idade sem problemas, apenas o tempo entre as inspeções de saúde vão ficando menores, não existe o NÃO APTO acima de “tal” idade.
Mas caso você queira ingressar em uma Companhia Aérea (TAM, GOL, AZUL etc), você terá que seguir as restrições que algumas delas impõe, mas deve-se atentar para um fato importante: se estiver na crise NÃO tem vaga para novos ou velhos!!, neste caso vale a lei da oferta e procura.
O que acho que você deve fazer? Estar sempre preparado, com suas carteiras em dia e não ficar impondo restrições a você mesmo.
Vá a luta...
Bons Voos....




sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

AVIAÇÃO CIVIL – O VOO POR INSTRUMENTOS (IFR)


Tem um curso na aviação que não tem meio termo, é o voo por instrumentos, pois este aqui você sabe ou não sabe! Não tem meio termo!

Mas o voo IFR não é um bicho de 7 cabeças, requer estudo e aplicação, pois você passa do voo visual, onde você “enxerga” onde esta voando, para um voo totalmente baseado nos instrumentos.
Confiar nos instrumentos tipo...você achar que esta voando reto e nivelado e o instrumento te “mostrar” ou mesmo indicar diferente , pode acreditar, o diferente está acontecendo.

Como dizem... o voo por instrumentos muitas vezes faz você ter que lutar contra seus instintos.

O principal instrumento do voo por instrumentos é o horizonte artificial, ele que vai passar informações de como você esta voando... ou seja...como estão as asas (niveladas ou não) se esta com o nariz baixo ou alto.

Ao todo serão 4 instrumentos básicos de orientação no voo por instrumentos (IFR).

O ADF – para saber onde ficam as estações de NDB;

O VOR – para saber em que radial de uma estação VOR você estará;

O DME – mede a sua distância até a estação sintonizada.

Todas essas siglas até você chegar a fazer o curso de voo por instrumentos  você com certeza já vai dominar, pois fazem parte dos termos técnicos da aviação.

Além desses ainda tem o ILS para que você possa fazer um pouso de precisão, mais fique com os instrumentos aí de cima, que para início está bem.

Existem outros equipamentos para voar em aeronaves mais novas ou mesmo as que estão atualizando seus painéis, mas as exigências básicas de instrumentos são as que citei. O que muda muito também no voo por instrumentos (IFR), as cartas de voo, as chamadas cartas IFR para procedimentos de subida, aproximação, entrada na terminal e pouso.

Existem no Brasil as cartas da Jeppesen e as do DECEA, sempre atualizadas e sem problemas para o voo IFR, o que você vai precisar é saber interpretar essas cartas, bem diferentes das cartas de voo visual, mas com a prática você chega lá...e não se esqueça das horas de simulador, muito importante quando se fala em voo por instrumentos (IFR).

Nos Aeroclubes, a hora do simulador está em torno de R$ 120,00 reais em pacotes de 10 horas, você pagará uma diferença de uns R$ 20,00 reais a mais para horas avulsas.

Bom Curso...


Bons Voos....

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

AVIAÇÃO CIVIL - VALE A PENA VOAR FORA DO BRASIL?

AVIAÇÃO CIVIL - VALE A PENA VOAR FORA DO BRASIL?

Já viu que quando as coisas não estão boas aparecem soluções mirabolantes de todo lado, tipo aquela que te oferecem .... venha trabalhar com “tal” produto e ganhe R$ 5.000,00 reais por mês ou tem aquelas de R$ 1.000,00 reais por dia!


Fala sério, se alguém tem uma oferta dessas vai oferecer na internet, rádio ou televisão??!!  Ou será que ele prefere empregar alguém da família... Por que ele chamaria você para um salário desses, um mero desconhecido???!

Bom, na aviação isso pode acontecer... mesmo porque os salários aqui não são muito altos, mas o custo de vida pode ser diferente de um outro país.

Então para você que pensa que o mundo lá fora é um bom negócio, melhor avaliar, mas de que forma.
Lembro que quando o sujeito, mesmo emprego esta procurando novas oportunidades, ele muitas vezes não pensa direito ou não dá um “stop” para pensar.

Lembre-se: você vai tentar a vida como um Piloto em outro País, outra língua, outros costumes e pior... você vai atrás de um emprego em uma vaga de um candidato “nativo”, que está no País dele, e geralmente em um local que tem o tamanho de um estado do nosso País...já viu como você será bem recebido... pense o que aconteceria se fosse ao contrário...

Mas como avaliar a questão de sair do País?

A questão da família sempre pesa muito para os casado, mas vamos pensar em como dar um “stop” e avaliar.

Acredito que as perguntas principais são: Já tem alguém voando (amigo) no País que pretendo ir? 

Ajuda muito saber sobre quem já está lá, pois pode passar informações importantes.

Qual o equipamento que irei voar?

Qual a jornada de trabalho e se a Companhia respeita essas jornadas?

Qual o nível de segurança nessa Companhia (aviões, manutenções)?

Qual vai ser o meu custo em outro País? (Muitas vezes o salário é muito maior, mas o custo do País é altíssimo).

A questão da família, como está acima, pesa muito, pois tem esposa, filhos, escolas, etc...

Melhor avaliar bem antes de dar um passo que pode custar muito caro, pois muitas companhias fora do País exploram a mão de obra de pilotos e dizem que existe falta desses profissionais no mercado local, mas a história não é bem essa.

Cuidado com passos errados, pois muitas vezes custa caro!

Não custa parar e avaliar...

Bons Voos....